Por que meu cão tem medo do aspirador?
- Paulo Donke
- 1 de out.
- 3 min de leitura
Hipersensibilidade a ruídos pode afetar o bem-estar dos cães – e você pode ajudar a aliviar esse desconforto
Você já percebeu que seu cão treme, se esconde ou fica agitado ao ouvir o barulho do aspirador de pó, fogos de artifício ou mesmo uma tosse mais forte? Se sim, ele não está sozinho. Um novo estudo publicado em 2025 analisou quase 1.000 cães de diferentes perfis e revelou que a hipersensibilidade a ruídos é uma condição muito mais comum do que se imaginava – afetando o bem-estar físico e emocional dos cães e, muitas vezes, também de seus tutores.
Sons do dia a dia que viram vilões
Os cães avaliados apresentaram reações mais intensas a sons aversivos (como fogos e tempestades) e a sons ambientais (como aspiradores, caminhões de lixo e eletrodomésticos) do que a sons humanos (como espirros e vozes). Embora sons como fogos de artifício estejam no topo da lista de incômodos, barulhos cotidianos dentro de casa também têm um impacto relevante, especialmente para cães com predisposição à ansiedade ou que convivem com tutores mais velhos.
Na Vila Dogo, vemos esse tipo de sensibilidade com certa frequência: alguns cães demonstram desconforto ao ouvirem o secador, a buzina de um caminhão na rua ou mesmo o som do portão automático. Por isso, adotamos práticas que evitam sobrecarga sensorial, como controle de ruídos, trilhas sonoras calmantes e uso consciente de equipamentos barulhentos.
Ansiedade e idade influenciam
O estudo apontou que cães mais velhos e cães com ansiedade são mais reativos a barulhos, principalmente os sons imprevisíveis e agudos. Isso nos ajuda a compreender por que alguns cães que sempre conviveram bem com sons domésticos podem, com o passar dos anos, desenvolver fobias ou reações inesperadas.
Mais do que uma questão de “frescura” ou “manha”, a hipersensibilidade auditiva é uma condição real, que pode evoluir negativamente quando não é compreendida e acolhida. Em alguns casos, cães chegam a recusar comida por medo do barulho da tigela.
E o que isso tem a ver com a rotina da creche?
Em um ambiente como o da Vila Dogo, garantir a segurança emocional dos cães passa pelo respeito às suas individualidades sensoriais. Já tivemos cães que precisaram de adaptação com sons gravados de caminhões antes de se sentirem confortáveis para passear nas redondezas. Outros só relaxaram de fato quando substituímos os bebedouros metálicos por modelos de material silencioso.
Cada cão tem uma história sensorial única. E entender os sinais de desconforto é essencial para promover experiências mais positivas – tanto na sua casa quanto aqui na Vila Dogo.
O que você pode fazer:
Evite expor seu cão a ruídos intensos de forma repentina.
Crie espaços seguros e silenciosos onde ele possa se recolher.
Observe se há correlação entre determinados barulhos e sinais como ofegar, bocejar, tremer ou se esconder.
Consulte um profissional de comportamento canino se os sinais forem frequentes.
E, claro, escolha ambientes como a Vila Dogo, onde o bem-estar emocional é prioridade.
🔔 Se você quer saber mais sobre como ajudamos cães sensíveis a viverem melhor, agende uma visita com nossa equipe especializada. Na Vila Dogo, o cuidado vai além do físico – ele também é emocional. 🐾